As entidades que constituem a administração pública têm, muitas vezes, de desenvolver software: um website, uma plataforma, uma aplicação, etc. O desenvolvimento desse software é pago com dinheiro público, dinheiro dos impostos de todos nós.
O problema é que a administração pública permite que esse software tenha uma licença de software proprietário.
O que é que isto significa?
Esse software, que foi pago por todos nós, não pode ser reutilizado, nem verificado.
Mas se uma entidade pública licenciar o código do software que desenvolve com uma licença de software livre ou de código aberto, então qualquer outra entidade pode reutilizar esse código, para prestar serviços similares, poupando dinheiro, trabalho e tempo, uma vez que não é preciso estar a desenvolver novo código: reutiliza-se o que já existe!
Para além disto, é possível a qualquer pessoa ver o código desse software para verificar que o software não está a fazer nada que não deva fazer: que não está a enviar informação sobre o que têm no vosso computador para quem não deve enviar, que não tem backdoors, que possam servir de entrada a um ataque, etc.
A carta já foi assinada por 80 organizações (incluindo as Portuguesas Associação Ensino Livre, a Associação Nacional para o Software Livre e a Associação D3 – Defesa dos Direitos Digitais). Assinem e enviem para os vossos contactos!
A lista de assinaturas que permite comentários tem vários bastante interessantes, que mostram bem como os cidadãos consideram esta medida óbvia e até que já devia estar implementada. Vale a pena percorrer os comentários aqui.
Para explicar melhor o que está em causa, a FSFe criou um vídeo, que deixo aqui: