Bom e barato, X

A propósito do Gmail e da segurança da informação na “nuvem” (1), aqui ficam umas sugestões para a alternativa. Eu tento proteger os computadores contra infecções e ataques, levo a informação que preciso comigo em vez de a confiar a servidores online e tenho várias cópias actualizadas dos meus documentos para quando o hardware falhar.

Para proteger o computador uso o antivirus Avast! e a firewall Outpost da Agnitum. São ambos gratuitos, e apesar do Avast! exigir um registo anual, com o Mailinator não é preciso dar o nosso email. Gosto destes porque são leves, estáveis e versáteis. Pode-se instalar e esquecer ou, quem quiser, pode afinar uma data de opções. O Avast! tem módulos independentes de monitorização para email, chat e assim por diante. Eu desactivo todos menos a protecção da rede e da Web e, de vez em quando, ligo a protecção de acesso aos ficheiros.

O Outpost também é fácil de usar. Uma firewall protege o computador de maroscas remotas e, talvez mais importante, controla os programas que acedem à rede. Ao instalar é preciso avisar que o Avast! está instalado, para não haver conflitos, e quando algum programa acede à rede o Outpost avisa e pergunta se há de autorizar. Mas sugere regras adequadas para os programas mais comuns e, uma vez autorizados os programas que usamos, como browsers ou clientes de email, já só deverão aparecer novos avisos se instalarmos versões diferentes. Caso contrário, é porque algum programa está a tentar ligar-se às escondidas.

Com firewall, antivirus, e evitando abrir anexos de emails “CHEKC IT OUT!!!” enviados por algum “spamm2255”, é fácil manter os dados seguros contra ataques electrónicos. Ataques físicos exigem outro tipo de protecção mas, além de cadeados e portas, também nisto o software livre ajuda. Para guardar a maioria das passwords uso o Password Safe, que cria uma base de dados encriptada com os nomes de utilizador, palavras passe e endereços dos sítios onde nos autenticamos. Tem também um gerador aleatório de passwords, útil para resistir à tentação de usar a mesma em todo o lado. Com o Password Safe posso levar as passwords sem problemas.

E para proteger documentos, emails e outros ficheiros uso o TrueCrypt. A forma mais simples de o usar é para criar um ficheiro encriptado que pode ser montado como se fosse um disco ou partição. Quando montado, podemos copiar para lá quaisquer ficheiros ou abrir e editar os documentos lá guardados. Mas para montar o ficheiro encriptado é preciso introduzir a frase secreta que escolhemos para o criar, sem a qual não é possível decifrar o conteúdo. No portátil e discos que transporto fora de casa tenho estes contentores encriptados para os documentos privados. Quem quer mais segurança deve encriptar toda a partição do sistema operativo, porque este guarda informação acerca dos ficheiros que abrimos e pode guardar partes da memória dos programas que usamos. Mas quando a coisa mais secreta são emails e enunciados de exames não é preciso tanto. E se perder um pendisk ou me roubarem o portátil sempre fica a garantia que não conseguem ler os meus emails ou gozar com as fotos que tirei nas férias.

Protegido contra ataques pela rede e assegurada a privacidade dos documentos, resta estar preparado para quando o hardware falhar. Chamo a atenção para o erro de julgar que este “quando” é um “se”. É mesmo quando. Contem com isso. E para saber se está na altura de criar uma cópia de segurança pensem que é agora que o computador pifa e perdem tudo. Se isto assustar não adiem mais.

Um sistema RAID* é muito prático. Mas como os documentos que criamos tendem a ser uma fracção pequena do espaço total de disco, isto é mais para quem trabalha com vídeos, imagens ou outras coisas com ficheiros muito grandes. Para a maioria, é mais rentável trabalhar com os documentos num disco e manter uma cópia actualizada noutro disco**, que pode ser um disco externo, se bem que a transferência por USB seja mais lenta que entre dois discos internos.

Para isto pode dar jeito o WinMerge. Compara duas pastas, indica que ficheiros são diferentes e permite, com um click do rato, actualizar uma pasta com os ficheiros da outra. Com isto é só preciso ter alguns discos externos ou internos (ambos, de preferência) para manter cópias actualizadas e, de vez em quando, ir gravando para DVD para ter um historial das várias versões. A frequência e outros detalhes dependem das preferências e exigências de cada um e do tipo de trabalho que se faz. Mas a bitola é sempre a chatice que seria perder esses ficheiros.

* O redundant array of inexpensive disks usa vários discos como um só, ou distribuindo os dados para reduzir o tempo de acesso ou duplicando-os para resistir à falha de um dos discos, que até pode ser substituído sem interromper a utilização do sistema em implementações mais sofisticadas. Hoje em dia muitas motherboards permitem criar sistemas RAID, e há placas dedicadas por cerca de 20 ou 30 euros. O custo principal, num sistema RAID 1, é ter dois discos para usar só o espaço de um, pois toda a informação é duplicada.

** Dois discos diferentes e não duas partições do mesmo disco, que não adianta de nada se o disco tiver uma morte súbita.


1- Porque não uso o Gmail e Nas nuvens

Fonte Original


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